Não falta procura para os edifícios de escritórios na capital portuguesa. A cidade foi uma das que mais cresceu a este nível em toda a Europa.
Lisboa continua a atrair multinacionais que estão a dinamizar fortemente o mercado de arrendamento de escritórios – dados revelados pela Worx mostram que a capital portuguesa está entre as que mais cresceram na ocupação de espaços posicionando-se em 3º lugar a nível europeu depois de Roma e Bruxelas.
A cidade de Lisboa dá continuidade à boa performance registada no ano anterior, contando com um crescimento de 27% da área colocada de escritórios face ao 1º semestre de 2019, com 110 069 m2 colocados no primeiro semestre deste ano. Roma movimentou 170 963 m2 e Bruxelas cerca de 349 mil m2.
“Para além dos projetos em pipeline, nota-se que a reconversão de vários edifícios de escritórios para habitação, estão a ser repensados novamente para o uso de escritórios e até que essas novas áreas entrem no mercado, este segmento irá continuar na mira dos investidores, criando pressão nos espaços de escritórios existentes, reforçando assim a procura por novos espaços, de forma a satisfazer a procura”, conclui Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx.
PARIS LIDERA A TABELA, LONDRES A DESCER
As praças de Paris, Londres, Munique e Amesterdão registaram, no primeiro semestre de 2019, ligeiras descidas na área colocada, comparativamente ao período homólogo do ano anterior. Ainda assim, o mercado de escritórios de Paris movimentou 996 mil m2 de área no primeiro semestre liderando a tabela, seguido de Londres, com cerca de 550 mil m2.
“Londres foi a única cidade europeia onde se observou um recuo na renda prime de 117,99€/m2/mês no primeiro semestre de 2018 para 115,43€/m2/mês no primeiro semestre do ano seguinte. Hamburgo, Milão, Roma e Barcelona viram as suas rendas prime subirem cerca de 2€/m2/mês, mas de uma forma geral, as rendas prime do primeiro semestre mantiveram os valores do período homólogo do ano anterior ou subiram ligeiramente”, explica a Worx, no seu relatório.
À semelhança do ano 2018, as praças de Berlim (1,7%), Munique (2,2%) e Hamburgo (4,4%) registaram as mais baixas taxas de desocupação das cidades europeias consideradas neste relatório, estando praticamente sem espaços de escritórios disponíveis para arrendar, refere-se ainda no relatório.
“De forma similar a estas cidades, também Lisboa, enfrenta o desafio de responder à escassez de áreas com dimensões procuradas pelas empresas. Por sua vez, são as cidades de Milão e Bucareste com 10,2% e Madrid com 9,3% que mantêm as taxas de desocupação mais elevadas dos países Europeus considerados”, acrescenta-se ainda.
Relativamente a Lisboa, para o segundo semestre, prevê-se que se mantenha a continuidade de uma procura ativa a um ritmo constante. Com as oportunidades para escoar os espaços ainda vazios, a promoção de projetos com contratos de pré-arrendamento já celebrados é expectável que as prime rents sejam um espelho dessas tendências.
Fonte: Visão