Valor trimestral só foi superado pela montante atingido nos últimos três meses do ano passado: 1.700 milhões de euros.

Os números são relativos ao primeiro trimeste do ano e permitem concluir que Portugal continuava, antes do início da pandemia do novo coronavírus, na mira dos investidores imobiliários. Entre janeiro e março, registaram-se no país 17 operações que no seu conjunto integraram 42 imóveis, com um volume transacionado de 1.500 milhões de euros, o segundo mais elevado de sempre, sendo apenas superado pelo valor alcançado no último trimestre do ano passado: 1.700 milhões de euros.

Trata-se, segundo a consultora imobiliária CBRE, de um primeiro trimestre excecional, nomeadamente se se tiver em conta que o valor transacionado até março excede já o valor total captado em todo o ano de 2007, ano em que foram investidos 1.300 milhões de euros em imobiliário comercial.

“Destacou-se no primeiro trimestre de 2020 a venda de uma participação num conjunto de centros comerciais constituído pelo Centro Colombo, o Centro Vasco da Gama, o CascaiShopping e o NorteShopping, que representou aproximadamente metade do volume transacionado no período. Além desta operação salienta-se também a venda de um portefólio de 10 hotéis e outro de 8 escritórios. Deste modo o setor do comércio captou mais de 50% do total do investimento no trimestre, os hotéis 24% e os escritórios 19%. Aproximadamente 75% do investimento teve origem internacional”, refere a CBRE em comunicado.

Segundo a consultora, “antes do início da pandemia do Covid-19 havia um volume significativo de operações em curso ou a ser preparadas para serem colocadas no mercado”. A CBRE acreditava, nesse sentido, que em 2020 fosse ultrapassado o recorde de investimento imobiliário comercial verificado em 2019, de 3.500 milhões de euros.

Um cenário que agora mudou de figura. “Atualmente a incerteza é elevada relativamente à dimensão do impacto da crise nos diversos setores de atividade e na economia. No entanto, a CBRE acredita que, num cenário de início de recuperação dentro de três meses, seja possível realizar até final do ano operações de investimento cujo montante poderá variar entre os 500 e os 1.000 milhões de euros, o que perfaz uma estimativa de investimento total para 2020 entre 2.000 e 2.500 milhões euros”, lê-se no documento.

Fonte: Idealista


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